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Martha Zarza

Psicologia e Arteterapia CRP: 06/121780 

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 Adultos longevos - os novos idosos 

 

O envelhecimento é um fenômeno biológico, psicológico e social que atinge o ser humano na   plenitude da sua existência, modifica a sua relação com o tempo, o seu relacionamento com o mundo e com a sua própria história. É nesta altura, que as pessoas tendem a fazer um balanço da sua existência e das suas vivências ao longo dos anos. 

 

E nestes tempos, em que as pessoas estão vivendo bem mais, há quem classifique o envelhecimento em duas fases:

a) envelhescentes - dos 45 aos 70 anos

b) idosos - acima dos 70 anos

 

A envelhescência surge para representar as pessoas que estão fazendo a passagem para o envelhecimento propriamente dito, mas não são idosas, ou seja, ainda há muita energia pra ser usada. As pessoas que estão nessa fase de vida, não são as mesmas pessoas de poucas décadas atrás, quando ao se chegar aos 50 anos a vida aposentava, parece que morria-se. Essas pessoas hoje são muito mais atuantes socialmente, percebem-se de uma outra maneira, tanto física quanto intelectualmente,   e, com frequencia, avaliam a qualidade da vida que vivem e ressignificam seus projetos pessoais. Pode ser o melhor momento da fase de vida de alguém, é provável que a pessoa já tenha adquirido bagagem suficiente para fazer escolhas  que lhe permitam ser quem realmente é, podendo integrar sua luz e sombra e deixar vir a tona suas singularidades, tornando-se quem nasceu pra ser, sem máscaras.

 

Mas a integração das personas e sombras, gera um confronto interior e podem surgir, ou ressurgir, fragilidades, memórias, traumas, momentos que ficaram em   suspenso, saudades e outras dificuldades psíquicas também.

 

Já os idosos sofrem mais com a falta de suporte social, a quebra ou afastamento de relações, a perda de capacidades físicas e cognitivas, por exemplo, situações que podem gerar muitas  dificuldades e problemas para os quais se torna necessário a intervenção psicológica no sentido de aliviar a dor, ultrapassar as angústias, dificuldades e promover uma melhor  qualidade de vida. Na terapia com idosos, como diz Vanessa Coutinho,  "o objetivo não é provocar mal estar sobre coisas que não podem mais ser modificadas, e, sim, para ajudar a promover o ato de serenar com relação a si mesmo, compreender-se e           

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entender que o que foi feito foi o que era possível". Já com os envelhescentes, ainda dá pra movimentar muitos conteúdos propiciando uma envelhecimento mais tranquilo  e confortável.

Os problemas mais  frequentes são:

  • Mudança do pensamento para um novo modo de viver
  • Crises existenciais
  • Autoconhecimento
  • Perda do papel social
  • Perda das capacidades físicas e cognitivas
  • Solidão, isolamento social
  • Depressão
  • Luto
  • Ansiedade face à morte
  • Problemas associados a doenças físicas
  • Adaptação a doenças crônicas
  • Sentimentos de inutilidade